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quarta-feira, 15 de junho de 2011

CASAMENTO!!!! AMOR versus PAIXÃO!?

Muitos casais têm procurado consultórios e conselheiros em suas igrejas dizendo que o casamento vai mal, porque o amor acabou.
Mas analisando a luz da Bíblia, chegamos a conclusão que o que deve ter acabado foi a paixão, não o amor.
Para compreendermos um e outro é preciso analisar um a um, vejamos o que a Bíblia diz do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; (I Co 13.4-8)”.
Já na paixão, os sentidos estão alterados pois há um forte teor emocional neste sentimento, desta forma o racional está diminuído (como suportar então?), há uma busca constante em atender os seus desejos (por isso muitas vezes se porta inconvenientemente e busca os próprios interesses) e por aí vai.
Como seres racionais fomos dotados da capacidade de raciocinar, amar e pensar, quando estamos apaixonados, possuímos o grande defeito de não pensar, apenas agir procurando satisfazer nossos desejos. Casamentos baseados somente na paixão, tendem a fracassar depois que esse sentimento passa, pois uma vez que é efêmero não é permanente, já o amor permanece para sempre. Casamento é portanto um estado de espírito, um planejamento, um objetivo, não uma pulsão.
Mas se sente ainda grande carinho, respeito, cuidado, desejo, isso é a transição de paixão para amor e é mais que saudável. É o emocional baixando, para dar lugar a um sentimento mais estável e duradouro.
Porém têm pessoas que passam a vida toda não compreendendo este mistério e buscam incansavelmente por paixões, estão trocando de amores a todo o tempo, como se tivessem querendo viver na “crista da onda” deste sentimento. Essas são pessoas, na verdade, são incapazes de amar, não se conhecem verdadeiramente e tentam mascarar a sua incapacidade de relacionar-se com outra pessoa com sua “popularidade”.
Relacionar-se com alguém requer doação, exposição, é se abrir, deixar o outro te conhecer, ceder e as pessoas que não conseguem estabelecer esta troca, vivem superficialmente, somente na paixão até que suas necessidades sejam atendidas, depois desprezam a pessoa
Neste caso, a própria pessoa que deve se cuidar, reavaliar seus objetivos, seus interesses, sua capacidade de se relacionar com alguém.
Não adianta formar família e depois ver que não era bem isso que queria, só estará refletindo a sua instabilidade e imaturidade. Pior ainda se formar outra depois e não procurar curar o seu interior primeiro. Muito menos procurar no outro a cura para os seus problemas.
Família é um projeto de Deus e você vai ser cobrado por isso: “Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos, porque ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. (Ml 2.13-14)”.
Ao casar-se procure ver se esta é uma pessoa com quem você gostaria de passar o resto de sua vida, trata-se de um bom companheiro (leal, sincero, dedicado, trabalhador, honesto), não se case apenas por um corpo ou rosto bonito (lembre-se que a velhice acabará com isso), mas case-se porque esta é uma boa pessoa para dividir toda a vida.
Pois quando a onda da paixão passar, vai ser mais fácil transcender para o amor, devido aos bons momentos passados nesta época, mais a cumplicidade que deve ter sido adquirida, devido ao tempo de convivência. E jamais diga que o amor acabou, pois se não houver um motivo bem forte, na verdade, a existência deste sentimento vai depender muito mais de você que da outra pessoa.

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